Futuro amor
- Gabriella Collodetti
- 21 de set. de 2017
- 2 min de leitura

Não vou apressar os ponteiros do relógio, pode vir no seu próprio tempo. A maioria das coisas apresentam um ritmo definido e para que sejamos capazes de dar certo, precisamos seguir o compasso estabelecido. Tudo bem demorar uns anos, não vou me incomodar. É melhor esperar mais um pouco e ter certeza de que você não irá embora do que te ter em mãos imediatamente e te perder ao longo do caminho. Tenhamos paciência, ok? Sei que há uma grande probabilidade de já ter te encontrado nessa estrada que percorro, entretanto, posso não ter te olhado com a profundidade certa no momento em que nos cruzamos e, honestamente, foi melhor assim. Antes de repousarmos lado a lado, precisamos resolver as tantas questões em aberto nos nossos corações. Não sou ingênua, sei que você tem um passado da mesma forma que eu e, oras, tudo bem! Acredito que algumas coisas definem o amanhã e, devido a esse fato, não me queixo das cicatrizes que carrego na pele. É por isso que antes de me tocar quero que compreenda que tenho machucados profundos. Alguns sangram vez ou outra, mas não me impedem de sorrir nas manhãs de segunda. Não vou mentir, talvez você tenha que batalhar um pouco para conseguir me conquistar. Não entenda mal, é que depois de tanto quebrar a cara em sentimentos rasos, acabei sendo um pouco dura com quem tenta tocar minha alma. Já doeu muito, sabe? Apesar de tudo, continuo confiante e tenho esperança de que os seus passos se aproximam dos meus. Como já dizia a lenda chinesa akai ito, a nossa linha vermelha pode dar nó, pode esticar e até emaranhar, mas nós daremos um jeito de nos encontrar se realmente tivermos que ficar juntos. E eu acredito que temos.
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